Há certas coisas na vida que não se tem explicação. Uma amizade que acaba, uma morte que chega sem pedir licença, uma saudade que insiste em doer, uma partida....
Que nossos desencontros nos levem para outros caminhos que talvez nunca iriamos percorrer. Assim aconteceu comigo em um dia de maio...
09 de maio
Partiu.
Pode alguém partir sem sair do lugar?
Ir embora para sempre, sem nunca viajar para terras distantes.
Sem nunca olhar novos entardeceres?
Ficar esquecido, perdido, solto, sem ao menos um adeus...
Pois, partiu.
Não se sabe para onde, apenas saudades deixadas atrás da porta,
que sem um pingo de piedade
insistem em martelar noite e dia a sua ausência.
Como pôde partir assim, indo tão longe?
Sem ter deixado ao menos um bilhete, uma pista, um abraço, um sorriso escondido em algum par de sapato?
Uma fresta de esperança iluminando meu jardim?
Pois partiu.
Ficou a saudade doída, sofrida, jogada às feras querendo gritar.
Ficou o vazio no peito,
que nem as batidas incessantes do coração conseguem preencher.
Como pôde partir assim, ficando tão perto?
Tão perto.
Tão perto.
..................
Preciso arrumar suas coisas.
Limpar o quarto, comprar as flores.
Que flor você gostava mesmo?
Que cores eram as suas? Que risos ainda restam?
Por onde andas agora sem ser aqui,
em minhas tristes lembranças de dias eternos fenecidos?
Que nossos desencontros nos levem para outros caminhos que talvez nunca iriamos percorrer. Assim aconteceu comigo em um dia de maio...
09 de maio
Partiu.
Pode alguém partir sem sair do lugar?
Ir embora para sempre, sem nunca viajar para terras distantes.
Sem nunca olhar novos entardeceres?
Ficar esquecido, perdido, solto, sem ao menos um adeus...
Pois, partiu.
Não se sabe para onde, apenas saudades deixadas atrás da porta,
que sem um pingo de piedade
insistem em martelar noite e dia a sua ausência.
Como pôde partir assim, indo tão longe?
Sem ter deixado ao menos um bilhete, uma pista, um abraço, um sorriso escondido em algum par de sapato?
Uma fresta de esperança iluminando meu jardim?
Pois partiu.
Ficou a saudade doída, sofrida, jogada às feras querendo gritar.
Ficou o vazio no peito,
que nem as batidas incessantes do coração conseguem preencher.
Como pôde partir assim, ficando tão perto?
Tão perto.
Tão perto.
..................
Preciso arrumar suas coisas.
Limpar o quarto, comprar as flores.
Que flor você gostava mesmo?
Que cores eram as suas? Que risos ainda restam?
Por onde andas agora sem ser aqui,
em minhas tristes lembranças de dias eternos fenecidos?
2 comentários:
Perder... Ninguém gosta de perder nada, um ojeto sequer, ainda mais uma pessoa, nesses casos se tornam mais doidos quando nos damos conta que faltava muita coisa pra dizer e conhecer do outro...
Ah... realmete, ninguém quer perder...
Excelente texto. Visitarei mais vezes, portanto, mãos à obra menino!!!
Bjks:.
Ontem, na homilia, tu falavas sobre "ir até a outra margem" como significando ser uma nova pessoa, ou na verdade, encontrar a si mesmo. Penso que seja como passar a vida (ou boa parte dela) procurando nossa essencia, o que há de melhor em nós. Essa atitude exige coragem.
Como disse Osvaldo Montenegro: "metade de mim é partida e a outra metade é saudade". Há de se ter coragem de partir. As vezes, essa partida é para o eterno, para perto de Deus. Os que ficam, enchem-se de saudades... e só quem ama sente saudades!
Sinta saudades. Ame!
Parabens por conseguir exprimir em palavras um sentimento tao puro: o amor.
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